segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Vinde a mim os que estão cansados

Queridos leitores deste blog


Diz a Bíblia: " neste mundo tereis aflições, contudo tenham ânimo!Eu venci o mundo" (Jo16.33b) Os acontecimentos que se seguem à morte de um ente querido, parecem ser mais tristes do que a sua passagem para a eternidade. Os problemas decorridos, as dívidas, a partilha, as responsabilidades, tudo isso nos dá a sensação de um desprazer intenso, só partilhado por aqueles que já passaram por situações semelhantes.

O mais difícil da morte do papai (esperada a muito) foi a situação de tia Jacyra, sua companheira por mais de 40 anos. O que fazer? Onde deixá-la? Com que cuidados? No último ano estávamos vivendo um período dificílimo com 4 cuidadoras contratadas para cuidar dela, que tem Alzheimer e de papai. Além delas, as folguistas, o fisioterapeuta etc....Muito trabalho, muito dinheiro, muito difícil. Cada um dos cinco filhos se revezando nos cuidados, mas sempre quem estava próximo tendo mais responsabilidades. O gerenciamento não foi fácil e o que fazer agora ficou doloroso demais. Cada um de nós, assim como sua irmã mais nova, temos nossas razões para não poder ficar com tia Jacyra sob nossos cuidados.

A decisão de sua irmã de colocá-la numa casa de repouso para idosos foi compactuada por todos, mas sofrida e demonstrada de muitas formas. Não fomos ensinados a enfrentar tais situações. Vinde a mim todos os que estão cansados e sobrecarregados e eu lhes darei descanso" (Mt 11-28)

E você já viveu ou vive algo semelhante quando deseja agir de uma forma e é preciso que o faça de outra? Conte para nós....Aguardo sua história.


Nina, papai e tia Jacyra


Leila F. Arruda, 59 anos, filha de Homero e Lúcia, enteada de Jacyra.

Um comentário:

  1. Eu já vivi uma situação parecida á de vcs, foi com minha mãe.Somos em duas irmãs aqui em Bauru e dois irmãos no Rio, todos casados e com filhos.Resumindo sempre correndo atraz do prejuizo.
    A história dela.
    Viuva mas nova, resolveu continuar sozinha, como ela dizia: aguariano adora liberdade!
    Eu e minha irmã não deixavámos quando podiamos de passar para vê-la em sua casa para saber quanto suas condições de saude e financeira.Os anos foram passando quando chegou esse momento:IDADE e IMPOSSIBILITADA de fazer certas tarefas caseiras, onde, também foi sugerida casa de repouso.
    Passamos per este constrangimento e medo de não saber fazer o certo.
    Opitei de não deixar ela lá, e assumi toda a responsabilidade de cuidadora, os meninos me ajudavam financeiramente,meu marido e os filhos deram suas contribuições nos horários em que eu estava ausente ,me não foi facil fazia faculdade a noite, trabalhava de dia.
    Para mim valeu ela falecei com 88 anos em casa retribui essa troca por eu ser a unica filha adotiva.
    Vocês não devem se preocupar de como agir e sim compreender as circustancias que enfrentam hoje,porque, vcs não vou esquece-la.
    bjo a vcs todas.

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