AMIGOS E PIPOCA

Letícia

Hoje, recebi de uma amiga, um e-mail do Max Gheringer, falando de amigos profissionais e amigos de verdade (na verdade o que ele falava era dos 5 estágios da carreira). Li, reli e apesar de saber da importância desta postura profissional, eu tenho grande dificuldade de agir desta forma.

Eu sou do tipo que me entrego às amizades, eu não consigo passar o dia todo, ao lado de pessoas e não criar laços, por mais que eu não às tenha escolhido (que pode até virar uma relação amor e ódio, mas é alguma coisa).

Tem aqueles que dizem que amigos a gente escolhe, mas eu tenho alguns amigos que me escolheram, o que é muito gratificante. Já outros, vira e mexe você repensa se é amigo, mas você nunca consegue escapar deles (talvez eles queiram escapar de você, e você nem percebe). Existe também aquele que nos enchem de carinho e atenção e a gente nem sabe como retribuir, outros, já não sabem se quer dar um elogio.

Mas existem pessoas, sim, que agem como amigos profissionais, ou pior, amigos de interesse. É fácil perceber isso, olhando para pessoa que cercam alguns amigos, que como Gheringer diz, carregam seus títulos hierárquicos a seus nomes.

Ley, a foto também está péssima, mas é a única digitalizada que tenho de antigos amigos/trabalho .

Em cada empresa que passei, carrego sempre, grandes amigos e por mais que a distancia e a falta de tempo os afaste, ainda posso senti-los aqui, do lado esquerdo do peito.

Rubem Alves tem um texto onde dá várias vertentes simbólicas sobre a pipoca, mas escrevendo este post, lendo este texto e me lembrando do feriadão, (passado ao lado de queridos e da Nina – uma das maiores comedoras de pipoca), logo associei a amizade, a uma grande bacia de pipocas. Passatempo mais gostoso não há! Junta o útil ao agradável, temperada sempre com muito carinho. Tem aquelas que possuem uma casquinha fina (chata), que vez ou outra, enrosca no dente ou na garganta, mais passa, até com sabor. Tem também os piruás e estes, por mais que você tenha insistido no fogo, nunca virarão pipoca, por causa da dura casca e quem sabe, elas não estavam ali, profissionalmente, só por causa do seu estouro?!

Letícia, 32 anos, mestre em Design, coordenadora de produção e artes gráficas de uma distribuidora, professora universitária em um curso de engenharia (tudo a ver) e agora de Marketing. Ama amigos, família, arte, artesanatos (só não tem muita habilidade pra coisa). E acima de tudo, mãe da Nina.

"ESTORÁ" PIPOCA, MARIA SOROROCÁ!!!