quarta-feira, 21 de julho de 2010

MÃE NÃO É TUDO IGUAL! VOUS AIME!

Letícia
Olá! Perdoem-me o atraso do post-quarta.
Geralmente preparo o post antecipadamente para na terça à noite, finalizá-lo e postá-lo (quarta adiantada), mas neste começo de semana, não consegui adiantar nada, na terça a Nina me deu um baile e tanto, ai nada foi possível.
Como vocês já sabem, minha mãe está na França e a ida dela pra lá, mobilizou a minha vida quando ela me ligou com problemas de bloqueio no seu cartão, cuidar de filho não é nada fácil, de mãe pior ainda!



Minha mãe, assim como a Leilany, sofre de TDAH (talvez não tão forte, mas surtada como- rsrs). Passei minha vida, ouvindo meu pai reclamar de sua falta de atenção (dos detalhes às coisas mais importantes), mas apesar de sofrer com seus desligamentos e “surtos” ela conseguiu, através de seu problema, se tornar uma figura formidável sendo uma mulher que ao mesmo tempo é tímida e extrovertida, Cult e popular, moderna e tradicional, cristã e marxisista, leal e individualista... e que sorri e chora.

Da minha infância, me lembro dela estudando muito (fez faculdade e mestrado depois dos filhos já terem nascidos) cercada de amigas e sempre dedicada a uma boa leitura - Clube do Livro. Peguei a fase do seu período integral no trabalho e sofria muito com a sua ausência. Dedicada na cozinha (para suprir a falta da vó Maria para o meu pai), sempre inventava um lanche gostoso (só nunca soube preparar o meu achocolatado). Nossos momentos de lazer eram quase sempre ao lado do rádio, escutando de forma interativa a Auri Verde e na vitrola o som era muito Beatles, Rita Lee, Caetano, Chico Buarque, Elis Regina terminando a noite dançando “Pat Boone” a La Elvis na sala.

A falta de tempo, não me permite descrever as inúmeras peripécias da Dona Leila (fica para um outro post), mas vai de errar aeroporto a apagar luz de restaurante (o pior de tudo, é agüentar o Guti dizendo que ela é pior que a Nono - rsrs). Ela como outros “DDA’s” precisam de muita atenção e compreensão, AME-OS OU DEIXE-OS! E mãe, a gente só ama, sempre... vous aime!
Pessoas como Einstein, Arquimedes, Leonardo da Vinci, Ampere e outras tantas mais que conseguiram ultrapassar as dificuldades em sua infância e puberdade possivelmente o fizeram mediante um grande esforço no sentido de superarem a si mesmos, mas em épocas em que talvez o brilhantismo não fosse tão cobrado dos indivíduos como nesta em que vivemos (Alexandre Vieira - site com muitas dicas).
Letícia, 32 anos, mestre em Design, coordenadora de produção e artes gráficas de uma distribuidora, professora universitária em um curso de engenharia (tudo a ver), ama arte, artesanatos (só não tem muita habilidade pra coisa). E acima de tudo, mãe da Nina.

2 comentários:

  1. Pior que o papai acaba de me lembrar que um dos piores micos dela foi em sua companhia. Mamãe e papai eram padrinhos de casamento civil que aconteceria na festa após religioso. Lets e Gute foram juntos a igreja e depois foram os 4 direto para o buffet indicado pela dona Leila. Após várias cervejinhas e salgadinhos perceberam que não conheciam ninguém (inclusive a noiva) e procuraram saber onde era o casamento correto. Chegando lá a cerimônia civil já havia acontecido sem a presença deles!!
    E depois eu que sou DDAzão!rsrs

    ResponderExcluir