Leilany Arruda
Estamos acostumados a ouvir a máxima "Você tem duas chances de ficar rico, quando nasce e quando se casa". Como já disperdicei as duas e não pretendo criar as filhas para dar golpe do baú, ou serem umas encalacradas financeiras, sigo no desafio de tentar ensiná-las (nesse caso estou falando das duas filhas maiores, 13 e 6 anos) a agirem com responsabilidade no que diz respeito a gerenciarem o dinheiro.
Pensei nesse assunto para post enquanto lia matéria no jornal da minha cidade que dizia que a Madonna dá apenas 50,00 doletas de mesada para sua filha Lourdes, que tem a mesma idade da minha mais velha.
Atualmente, minha filha mais velha recebe R$ 100,00 de mesada, dos quais tira R$ 10,00 de dízimo e guarda o resto para seus planos (atualmente guarda para viajar em setembro para o Hopi Hari).
Comparando minha fortuna pessoal (hein?) à da Madonna, e considerando que a cantora é conhecida por seu hit da década de 80 Material Girl, fiquei a pensar nas proporções das mesadas e no que elas representam, aí saí a pesquisar na net orientações sobre o tema e encontrei várias que partilho com vocês agora e que me ajudarão a pensar sobre essa questão aqui em casa.
Qual da validade de dar mesada ao filho?
"A mesada é uma ferramenta muito útil quando as crianças começam a interagir em sociedade e percebem a necessidade de administrar o dinheiro", avalia Gustavo Cerbasi, autor do best-seller Casais Inteligentes Enriquecem Juntos". Desta forma os pais ensinam às crianças noções de responsabilidade, planejamento e limites, ferramentas essenciais para se viver bem em uma sociedade com tantos apelos ao consumo. É claro que isso não significa que uma criança que nunca recebeu mesada terá, necessariamente, de ser um adulto descontrolado; mas vale lembrar que a prática leva à perfeição. Certamente será mais fácil para aquele que desde cedo teve de aprender a controlar suas contas a fazê-lo na vida adulta do que para aquele que sempre teve sua vida financiada pelos pais, de repente, ter de aprender a lidar com o dinheiro.
Quando começar a dar mesada?
O ideal, segundo os especialistas, é que se comece a dar a mesada quando a criança já tem a noção dos números, já sabe realizar as operações de subtração e adição. Por exemplo, quando a criança tem a opção de comprar o lanche da escola, ou quando quer comprar figurinhas para completar o álbum. Isso ocorre por volta dos sete anos, mas é possível já ir treinando a criança antes desta idade.
Mesada ou semanada?
A semanada (dividir a mesada em quatro para que a criança receba o dinheiro por semana) facilita o controle dos gastos e ajuda os menores que não têm constituída ainda a noção de mês. Para os adolescentes a mesada é melhor, pois nessa idade já se tem construída a noção de tempo relativa a mês e com isso se experimenta controle de um volume maior de dinheiro por um tempo maior, simulando assim mais de perto o que ocorre na vida real de um trabalhador.
Vale usar o tradicional cofrinho?
Por volta de cinco anos pode-se começar adotando o uso de um cofrinho, assim a criança aprende que, poupando pode atingir um objetivo (que pode ser comprar as figurinhas, o lanche, um sorvete, um brinquedo novo). E o que é melhor: ela é quem irá ter controle do seu dinheiro (cabe a ela a decisão de quebrar o cofrinho ou guardar para ter mais).
A criança, nesta idade, já pode começar a aprender o que é caro e o que é barato. Também pode compreender que os pais trabalham para receberem dinheiro e poderem comprar as coisas de que necessitam.
Para não errar é preciso observar:
no caso da semanada o valor deve ser bem pequeno, para que a criança (por volta dos 6, 7 anos) consiga contar e administrar o dinheiro. Os gastos serão pequenos também, já que o objetivo será a compra de doces e figurinhas, por exemplo;
deve-se estabelecer um dia para receber o dinheiro (mesada ou semanda) e não se deve antecipar ou atrasar o pagamento, nem complementar o valor.
é importante que os pais ajudem os filhos no acompanhamento dos gastos, principalmente nas primeiras semanas, para ver como eles estão se saindo (é muito legal adotar uma caderneta para se marcar para que a criança veja onde foi o din din).
é legal se estimular a criança a pensar em doar uma parcela de seus ganhos para uma causa (ajuda aos necessitados, doação a orfanato...) e frisar a importância da constância dessa ajuda;
mesada não é negociável. A tarefa doméstica é obrigação a ser partilhada por todos da família e estudo é obrigação do estudante, assim, a mesada não deve ser condicionada a essas atividades segundo os especialistas;
os pais nunca devem complementar a mesada depois que o valor foi definido. É pior complementar mesadas a toda hora do que não dar. A mesada é importante para ensinar a criança a lidar com o dinheiro, a ter controle sobre os seus gastos. Se a criança se descontrola sempre e os pais não impõem limites, a criança fica com a noção errada de que pode gastar tudo o que deseja que sempre haverá alguém para financiá-las.
Fonte principal: O que é que eu faço, Sophia?
Achei outra orientação que indica como definir os valores, segundo essa tabela, eu e Madonna estamos defasadas. E eu estou ferrada, pois tenho 4 filhos :/
E eu ainda sigo pensando no desafio que deve ser para a Madonna definir esse valor de mesada. Deve ser difícil ter tanto dinheiro!!
Querendo ler livros sobre o tema?
CERBASI, Gustavo. Filhos Inteligentes Enriquecem Sozinhos: como preparar seus filhos para lidar com o dinheiro. Gente: São Paulo, 2006.
ROCHA, Ricardo e VERGILI, Rodney. Esticando a Mesada: como fazer mais com sua grana. Alegro BB, 2003.
D'AQUINO, Cássia. Educação financeira: 20 dicas para ajudar você a educar seu filho. Edição do autor.
D'AQUINO, Cássia. Educação financeira: 20 dicas para ajudar você a administrar a mesada. Edição do autor.
Leilany tem 34 anos, é Pedagoga, mestre em Educação pela Universidade Federal de São Carlos. Mãe de Laura (13), Sofia (6), Sara e Daniel (1 ano e 10 meses). Casada há 15 anos com Marcus. Atua na área da educação há mais de 15 anos, chefiou equipes e atualmente coordena uma casa, o exército de filhos, a empregada, presta assessoria na área de Trabalhos Acadêmicos e escreve para os blogs CRAZY MOM e CitroNelas
Leilany tem 34 anos, é Pedagoga, mestre em Educação pela Universidade Federal de São Carlos. Mãe de Laura (13), Sofia (6), Sara e Daniel (1 ano e 10 meses). Casada há 15 anos com Marcus. Atua na área da educação há mais de 15 anos, chefiou equipes e atualmente coordena uma casa, o exército de filhos, a empregada, presta assessoria na área de Trabalhos Acadêmicos e escreve para os blogs CRAZY MOM e CitroNelas
Muito bom!!! Organizada você, não?! Você teve mesada?!! Acho que seu avô dava extras demais!!!rsrs. Bjsss Lets(falou a controlada que anda descontrolada! - me perdi num tal de misturinha!)
ResponderExcluirAh! A foto tá ruim demais!
ResponderExcluirLets, foto da foto e do tempo dos dinossauros não teve como ser muito melhorada. Segue texto com outra imagem
ResponderExcluirPoxa, não era pra trocar!!! Foi só um comentário! Bjs
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