Há algum tempo estou com esse material em meu email destinado ao Diga lá (espaço de sábado), que acabou indo parar na sexta quando a Regiane mudou de dia. Com a vida doida me tragando, acabei deixando o tempo levar ao esquecimento esse material e me deixando esse débito com minha ex-aluna Ana Paula. Segue sessão nostalgia para os oriundos da década de 70.
Ana Paula Ribeiro por Leilany
Bem.... recebi um email de uma colega de trabalho com o tema “Abra e mate a saudade”, realmente, não só matou minha saudade como trouxe algumas lembranças de minha época de criança que me emocionaram. Então vou ser breve em relatar minha infância sem prolongar, porque ao levantar nossas memórias nos esquecemos do tempo.
Como meu pai faleceu muito cedo, minha família era composta apenas por mamãe, minha irmã e eu. Morávamos em uma casa simples, com aquela estrutura de interior com quintal de terra e pé de fruta no fundo. Eu sempre fui muito moleca, adorava brincar na rua, em oposição à minha irmã que sempre foi mais comportada. Eu jogava bola, soltava pipa, e brincava de nave espacial com meus colegas em cima do pé de goiaba que havia no fundo do quintal, além de comer as goiabas verdes. Na rua de trás, já asfaltada (a minha era de paralepipido), eu descia com meu triciclo a mil. Quantos machucados eu consegui! O pior vinha depois, quando mamãe usava “Methiolate”, (para quem não conhece é o atual mercúrio que é branco e indolor, mas esse de antes ardia era vermelho).
Nossa televisão era de imagem preto e branco e bem pequena, para mudar os canais precisava girar o botão, nas duas antenas que ficam em cima dela as vezes colocavam Bombril para melhorar a imagem e tirar o chuvisco. Que tempo! Quando chegava da escola almoçava na sala (indisciplinada) para assistir meus desenhos prediletos, eram: Vila Sésamo; Formiga Atômica; Batman e assim ia. Ah.... na Liga da Justiça os únicos heróis sobreviventes para os tempos atuais ficaram “Homem Aranha, Batman, Mulher Maravilha e Super Homem” o resto ficou esquecido. Ainda assistia seriados como: Homem Cibórgue; Homem do fundo do mar; Ilha da fantasia; as Panteras; Família os Otom; Gun fu; Huk etc..... com os colegas devorava as pipocas, e após as sessões de TV contracenávamos, imaginando ser os personagens em brincadeiras, sem saber que tudo era um elo da fantasia com a realidade.
Extraordinário pensar hoje que enquanto eu ficava nesse mundo de desenhos, do imaginário, os adultos viviam (anos 70/80) crises políticas, movimento estudantil intenso, mudanças sociais profundas, alternativas políticas voltadas á construção dos direitos e da cidadania, revolução da educação, esquerdistas, etc. Eu não dava conta disto tudo acontecendo.
Atualmente, assistimos o que achamos apropriados para nossos filhos nas TVs grandes, a cores, de plasmas com controle remoto em que se programa autocensura que adéqua o programa à idade e horário. As emissoras de TV atuais se dedicaram muito a tecnologia, design, avanços, competições de vendas... esquecendo-se muitas vezes da infância destas nossas crianças e expondo-lhes à competição, lutas, violência, sensualidade, obscenidades... tudo em pleno horário de programação infantil.
Bom... disse que seria breve, me desculpem, pois as palavras foram aparecendo e finalizo deixando três sugestões:
Site onde matei minha saudade que vale a pena visitarem: http://hannabarbera.com.br/.
E deixo ainda uma pergunta que li em um livro de psicanálise:
POR QUE AS MUDANÇAS ESTÃO NOS AGUSTIANDO TANTO?
Seguem algumas imagens que postei para ilustrar essa saudade.
Bjos citronelas.
Jóia Ana!!!
ResponderExcluirDelícia conhecer sua história! Realmente quando se é criança, o mundo parece uma eterna fantasia!!!
Re, delicia saber que gostou não deixe de dar uma passadinha no saite que sugeri para vc relembrar os seus desenhos preferidos.
ResponderExcluirbjo grde querida.