Leila
Há alguns anos realiza-se um movimento no Brasil de transformar as creches em instituições educacionais. As creches que historicamente eram tidas como assistencialistas, mesmo com a mudança legal, são dirigidas até hoje por uma diretoria voluntária que é eleita de dois em dois anos. A partir da lei, as creches passaram a ser vinculadas à Secretaria da Educação, e assim tem-se valorizado os aspectos educacionais, mostrando que educação e cuidado são prioridades únicas e são movimentos dialéticos de uma mesma realidade. Esta ida para a educação trouxe para as creches uma outra visão. A criança tornou-se a prioridade. Os educadores passaram a receber formação continuada, criou-se um Projeto Político e Pedagógico, a creche passou a ser supervisionada pela Secretaria da Educação.
O que acontece na prática, é que a diretoria voluntária composta de uma dezena de pessoas e que se reuni, quando muito, de forma quinzenal é quem dirige a entidade seus destinos maiores. A coordenadora de creche fica à mercê da diretoria, mais na figura de seu (sua) presidente. Qual é o problema? São inúmeros os problemas, visto que são pessoas voluntárias de diferentes áreas profissionais. Outros problemas acontecem quando a diretoria que entra, é a mesma de alguns anos atrás e procura, com olhos no passado e não no futuro, transformar a creche numa cópia do que já foi. A creche que caminhava com um projeto coletivo realizado pelo corpo docente e profissional, em função das crianças, passa a ser administrada com visão assistencialista e autoritária como era a realidade de alguns anos atrás.
Esta é a denúncia. Não dá para ter-se um projeto educacional em continuidade com uma diretoria de voluntários que se modifica de dois em dois anos, com uma diretoria que não vê a coordenação como alguém que dirige, mas que cumpre ordens dadas que muitas vezes vai de encontro com a proposta educacional.
E qual seria o anúncio? Se o Estado é quem hoje dá condições financeiras da creche funcionar, é preciso que o poder público assuma de vez as creches e que estas deixem de ter o caráter filantrópico. Como fazer? Não sei que medidas deveriam ser adotadas de forma legal, porém penso que poder-se-ia, em forma de lei municipal, criar diretorias com o corpo de educadores de creche, que a dirigiriam com a supervisão da Secretaria da Educação. Poder-se-ia inclusive, tornar a coordenação em diretoria, quem sabe, num movimento de democratização do Estado de São Paulo, estado este tão autoritário, através de eleição de seus pares.
Creio que Bauru, com uma ação conjunta da Secretaria da Educação e Câmara de Vereadores, daria um passo grande rumo a uma cidade mais avançada. Para mim, mais do que construir shoppings, Bauru evoluiria muito mais, com creches verdadeiramente educacionais.
O que acontece na prática, é que a diretoria voluntária composta de uma dezena de pessoas e que se reuni, quando muito, de forma quinzenal é quem dirige a entidade seus destinos maiores. A coordenadora de creche fica à mercê da diretoria, mais na figura de seu (sua) presidente. Qual é o problema? São inúmeros os problemas, visto que são pessoas voluntárias de diferentes áreas profissionais. Outros problemas acontecem quando a diretoria que entra, é a mesma de alguns anos atrás e procura, com olhos no passado e não no futuro, transformar a creche numa cópia do que já foi. A creche que caminhava com um projeto coletivo realizado pelo corpo docente e profissional, em função das crianças, passa a ser administrada com visão assistencialista e autoritária como era a realidade de alguns anos atrás.
Esta é a denúncia. Não dá para ter-se um projeto educacional em continuidade com uma diretoria de voluntários que se modifica de dois em dois anos, com uma diretoria que não vê a coordenação como alguém que dirige, mas que cumpre ordens dadas que muitas vezes vai de encontro com a proposta educacional.
E qual seria o anúncio? Se o Estado é quem hoje dá condições financeiras da creche funcionar, é preciso que o poder público assuma de vez as creches e que estas deixem de ter o caráter filantrópico. Como fazer? Não sei que medidas deveriam ser adotadas de forma legal, porém penso que poder-se-ia, em forma de lei municipal, criar diretorias com o corpo de educadores de creche, que a dirigiriam com a supervisão da Secretaria da Educação. Poder-se-ia inclusive, tornar a coordenação em diretoria, quem sabe, num movimento de democratização do Estado de São Paulo, estado este tão autoritário, através de eleição de seus pares.
Creio que Bauru, com uma ação conjunta da Secretaria da Educação e Câmara de Vereadores, daria um passo grande rumo a uma cidade mais avançada. Para mim, mais do que construir shoppings, Bauru evoluiria muito mais, com creches verdadeiramente educacionais.
AVANTE BAURU
Matéria postada no JC Bauru dia 29/06/2010
Leila Arruda, 59 anos, pedagoga, mestre em assentamentos humanos, professora de Didática do IESB, coordenadora do núcleo Freinet de Bauru, mãe de 3 filhos (Leopoldo, Leilany e Letícia) e vó de 6 netos.
é isso aí! Bjs http://www.jcnet.com.br/busca/busca_detalhe2010.php?codigo=186319
ResponderExcluir