(a) sai correndo
(b) responde: _pergunta para o seu pai.
(c) responde: _você ainda é muito novo pra saber disso menino!
(d) responde: _ você tem cada uma, hein?!
em qualquer um dos casos acima a curiosidade da criança não foi satisfeita, o que pode gerar nela um sentimento confuso, pensando que em relação a esse tema existe alguma "aura mítica", ou algo ruim... Aí, acabamos gerando um distanciamento da criança conosco quando se trata dessas questões, que em geral envolvem sexualidade, mitos e fantasias, relação dos pais, separação, espiritualidade, drogas, questões sociais e raciais... Esses são temas polêmicos e geralmente não há consenso sobre eles nem no mundo adulto, aí temos a tendência de fugir dessas conversas com as crianças... nosso medo de errar nos leva a omissão.
Estou propondo criar aqui (no espaço destinado aos comentários e em outros posts), ou se vc quiser mais espaço para falar sobre isso pode ser nesse outro blog, um espaço para sugerir como vc pode responder aos seus filhos, sobrinhos, alunos sobre as diferentes questões que aparecem no dia-a-dia.
Inaugurando essa série vão algumas orientações:
- descubra o que exatamente a criança quer saber com aquela pergunta.
Ex: a criança pergunta ao pai o que é sexo. O pai que esperava ansioso por essa pergunta e (assim como vc) havia passado anos se preparando para respondê-la, abre a enciclopédia... e despenca na cabeça da criança uma série de informações sobre relação sexual, concepção, sexo seguro... e depois de 1 hora de bla bla bla a criança pergunta: _Mas o que eu devo responder aqui nesse papel... sexo feminino ou masculino?
Esse exemplo serve para vc entender que se não souber o que a criança quer saber, onde ela ouviu sobre o assunto, o que já sabe... vc não conseguirá ajudá-la e possivelmente a deixará ainda com mais dúvidas. Então, um bom começo é perguntar: _o que vc acha que é isso?
Em geral as crianças apresentam uma pré noção, um conceito raso sobre o tema e esperam que seja confirmado. No caso da pergunta "o que é sexo", quando a pergunta volta para a criança ela pode responder-lhe que sexo é namorar e se esse conceito (que não é completo mas tbm não é falso) se confirmado, muito provavelmente satisfará sua curiosidade, até o momento em que ela obtiver novos conceitos que desestabilizarão aquela pré-noção e, se ela se sentiu acolhida naquele primeiro momento de questionamento, poderá voltar a procurá-lo com a questão novamente quando poderá avançar um pouco mais em direção ao conceito.
- responda apenas o que lhe foi perguntado de forma objetiva. Respostas curtas são sempre mais indicadas do que as mais detalhadas.
- se vc não souber a resposta seja sincero e diga que irá procurar saber, mas não deixe de dar retorno à criança e nem "empurre" para outra pessoa que vc julga ser mais qualificada.
- NUNCA minta! por mais constrangedora que seja a pergunta, a resposta sempre deve ser balizada pela verdade. O que fazemos nessas situações é adequar a verdade às competências da criança e de acordo com a realidade que a criança presencia (não adianta ser uma verdade idealizada, mas vivida).
- Se for pego em uma mentira ou omissão, como quando a criança descobre que os pais não contaram sobre divórcio, ou adoção por exemplo, cabe reconhecer o erro, assumir que tiveram medo por não se sentirem preparados para essa conversa. O importante é a criança sentir que os pais de fato sabem que erraram, que se arrependem, vale falar sobre os sentimentos que estavam envolvidos nessa questão e que ela pode continuar confiando neles.
- Quando as perguntas envolverem crenças pessoais, tais como morte, espiritualidade... o importante é responder de acordo com a Sua verdade, mas deixar claro para a criança que existem pessoas que vêm essa questão de forma diferente.
Bom, depois posto exemplos de algumas respostas que podemos dar a essas perguntas.
Quer saber mais sobre o tema? Leia:
BELLA, B. 50 perguntas embaraçosas que as crianças fazem! São Paulo: Alaúde, 2003.
MALDONADO, M. T. Comunicação entre pais e filhos: como falar e agir no dia-a-dia das relações familiares. 28 ed. São Paulo: Integrare, 2008.
SUPLICY, M. Papai, mamãe e eu. São Paulo: FTD, 1999.
WINNICOTT, D.W. A criança e seu mundo. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
Ley, espero aprender bem sobre essas respostas!!! Amei, bjss saudades Letssss
ResponderExcluirPostei a primeira pergunta lá no http://crazymomm.blogspot.com/
ResponderExcluirComo vc responderia à perguta:
o que é orgasmo?
me responde aí!
Meo Deuss! Não quero nem ver qndo vierem meus pequenos, já bastam por enquanto meus queridos alunitos da igreja perguntando sobre o apocalipse rs... o futuro promete! Ótimo post Ley!
ResponderExcluirai Nats... minha lista está enorme... cada pergunta que aparece por aqui!
ResponderExcluirVou postar a resposta para aquela pergunta cabeludérrima amanhã
bjs