Leila
Esta semana presenciei algo inexplicável. Conheci uma escola especial, aqui mesmo em Bauru, bem pertinho de minha casa. Um lugar que resume tudo que eu aprendi e que tentei realizar como diretora que fui de uma escola experimental, sobre o que deve ser a educação nos dias de hoje. O que vi?
Vi profissionais comprometidos com a criança e seu bem estar. Vi crianças felizes que aprendiam muito e desenvolviam atividades autônomas. Vi salas de aula que tinham vários ambientes de aprendizagem. Vi crianças pequenas cujos professores só falavam em “outra língua” e eram entendidos por todos. Algumas crianças retornavam na língua materna, outras já respondiam na “língua estranha” tornando tudo “muito natural”. Vi uma educação que põe limites para que possa caminhar rumo à autonomia.
Vi uma escola em que todos desenvolvem atividades, porém não necessariamente a mesma. Cada criança tem seu projeto, seu objetivo. Vi uma educação que procura desenvolver o máximo de cada um, assim como dizia Freinet, a Pedagogia do Sucesso.
Lembrei-me de Saviani quando diz que com a repetição de procedimentos, a criança desenvolve uma “segunda natureza” e cria sua independência. Para Saviani a liberdade só virá após muitas repetições e que estas necessariamente não são enfadonhas.
Com a roda da conversa, cuja duração é de quase uma hora, pude verificar que as professoras trabalham noções de tempo, espaço, raciocínio, oralidade, escrita, percepção auditiva, desenvolvimento ritmo e motor, além de atitudes de atenção, de ouvir o outro, de saber falar e esperar sua vez.
Visitando esta escola, (e fiquei lá durante muitas horas) verifiquei na prática, aquilo que vejo sempre na teoria e que já havia no passado experimentado... É possível uma escola revolucionária: basta ter um projeto e profissionais preparados...para isso é preciso priorizar: além da seleção inicial, não há como realizar um bom projeto sem ter-se várias horas reservadas para estudo, para planejamento e para avaliação. É preciso professores que sejam de uma única escola...é preciso pagar bem a estes profissionais...é preciso tornar o sonho de um, um projeto coletivo.
Pude mais uma vez concluir que para uma educação de qualidade não precisa muito, mesmo sendo esta, uma escola com condições financeiras especiais. Mesmo sendo uma escola cujo nível econômico dos alunos pertence à classe A, mostrou que é possível fazermos uma boa educação com materiais não tão caros...basta termos um projeto que vise a criança e seu desenvolvimento através da cultura e das áreas do conhecimento. É preciso termos objetivos claros e que levem a um conhecimento profundo. A educação de qualidade é possível... Ainda há esperança...
Leila Arruda, 59 anos, pedagoga, mestre em assentamentos humanos, professora de Didática do IESB, coordenadora do núcleo Freinet de Bauru, mãe de 3 filhos (Leopoldo, Leilany e Letícia) e vó de 6 netos.
Vi profissionais comprometidos com a criança e seu bem estar. Vi crianças felizes que aprendiam muito e desenvolviam atividades autônomas. Vi salas de aula que tinham vários ambientes de aprendizagem. Vi crianças pequenas cujos professores só falavam em “outra língua” e eram entendidos por todos. Algumas crianças retornavam na língua materna, outras já respondiam na “língua estranha” tornando tudo “muito natural”. Vi uma educação que põe limites para que possa caminhar rumo à autonomia.
Vi uma escola em que todos desenvolvem atividades, porém não necessariamente a mesma. Cada criança tem seu projeto, seu objetivo. Vi uma educação que procura desenvolver o máximo de cada um, assim como dizia Freinet, a Pedagogia do Sucesso.
Lembrei-me de Saviani quando diz que com a repetição de procedimentos, a criança desenvolve uma “segunda natureza” e cria sua independência. Para Saviani a liberdade só virá após muitas repetições e que estas necessariamente não são enfadonhas.
Com a roda da conversa, cuja duração é de quase uma hora, pude verificar que as professoras trabalham noções de tempo, espaço, raciocínio, oralidade, escrita, percepção auditiva, desenvolvimento ritmo e motor, além de atitudes de atenção, de ouvir o outro, de saber falar e esperar sua vez.
Visitando esta escola, (e fiquei lá durante muitas horas) verifiquei na prática, aquilo que vejo sempre na teoria e que já havia no passado experimentado... É possível uma escola revolucionária: basta ter um projeto e profissionais preparados...para isso é preciso priorizar: além da seleção inicial, não há como realizar um bom projeto sem ter-se várias horas reservadas para estudo, para planejamento e para avaliação. É preciso professores que sejam de uma única escola...é preciso pagar bem a estes profissionais...é preciso tornar o sonho de um, um projeto coletivo.
Pude mais uma vez concluir que para uma educação de qualidade não precisa muito, mesmo sendo esta, uma escola com condições financeiras especiais. Mesmo sendo uma escola cujo nível econômico dos alunos pertence à classe A, mostrou que é possível fazermos uma boa educação com materiais não tão caros...basta termos um projeto que vise a criança e seu desenvolvimento através da cultura e das áreas do conhecimento. É preciso termos objetivos claros e que levem a um conhecimento profundo. A educação de qualidade é possível... Ainda há esperança...
Leila Arruda, 59 anos, pedagoga, mestre em assentamentos humanos, professora de Didática do IESB, coordenadora do núcleo Freinet de Bauru, mãe de 3 filhos (Leopoldo, Leilany e Letícia) e vó de 6 netos.
Mãe, desculpe a demora da postagem, eu acabei dormindo a tarde...rsrs Amei um texto, quem sabe o Guti ainda não ganha bastante dinheiro pra Ninoca estudar lá!!! Tamo Letícia
ResponderExcluirPude ver e sentir daqui as crianças, os espaços e as atividades desenvolvidas.
ResponderExcluirQue bom é podermos sonhar com uma educação de qualidade sabendo que ela é possível!
parabenizo a equipe de profissionais envolvida nesse ambicioso projeto e a mantenedora pela visão e estratégias que desenvolveram em busca de seus ideais